Artic Van Test fez 30 anos
Arctic Van Test
A capital finlandesa e a zona Norte do país, serviram de palco para a 30ª edição do Arctic Test. Por um imprevisto de última hora, o AVT não contou com a presença do Ford Transit Connect, que se deveria ter confrontado com os Citroën Berlingo, Dacia Dokker, Fiat Doblo, Opel Combo, Renault Kangoo e Volkswagen Caddy. Neste confronto de veículos de tracção dianteira, cada um levou 250 kg de carga e foram equipados com pneus de Inverno Nokian Hakkapeliitta. O combustível utilizado durante o teste foi o Neste Oil Pro Diesel. Nas diferenças, só os Berlingo e Caddy foram apresentados com motores Euro 6, enquanto o Doblò era o único com seis relações na transmissão. Nos motores, as mais recentes tecnologias, aplicadas a diferentes cilindradas e com diversos resultados no tocante a potências. O teste seguiu as metodologias habituais, com uma primeira parte em tráfego urbano e citadino à volta de Helsinquia, cidade onde se efectuaram as primeiras medições. A segunda parte do teste foi efectuada no Norte da Finlandia, onde se realizaram os arranques a frio, as provas de estrada e as avaliações de manobrabilidade, estas últimas com recurso às instalações do aeroporto de Pudasjärvi.
Doblò 1.6 M II |
Caddy 2.0 TDI |
Berlingo 1.6 HDI |
Kangoo 1.5 DCi |
Dokker 1.5 DCi |
Combo 1.3 CDTi |
105 cv (77 kW) |
100 cv (75 kW) |
98 cv (73 kW) |
90 cv (67 kW) |
90 cv (67 kW) |
88 cv (66 kW) |
Volkswagen Caddy 2.0 TDI BlueMotion Launch Edition – 188 pontos
O desempenho do motor Euro 6 foi um dos pontos apreciados durante o AVT. O 2.0 TDI também ajudou a recolher a melhor pontuação no tocante às performances e condução (disponibilidade de potência e binário) tanto em circuito urbano como em estrada. Os travões, a transmissão e respectivo comando, foram alvo de elogios, enquanto as críticas visaram a visibilidade conseguida nos retrovisores, e a volumetria do compartimento de carga.
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– Visibilidade lateral – Sistema de controlo de tracção – Espaço de arrumos (documentos A4) |
– Motor – Condução – Ergonomia |
Renault Kangoo Express Maxi 1.5 dCi 90 – 187 pontos
O Renault Kangoo recebeu a melhor pontuação quando se avaliou a volumetria de carga e respectiva funcionalidade, em parte conseguida através dos anéis de fixação de carga. No entanto, o acesso lateral ao compartimento de carga, é condicionado pela dimensão da porta deslizante e separador habitáculo/carga. Os espaços para arrumos e a habitabilidade, causaram boa impressão aos ‘avaliadores’ e o mesmo aconteceu com os materiais empregues e simplicidade do habitáculo, no qual destacaram o conforto. Na condução, o Kangoo também deixou boas impressões, tanto no escalonamento da transmissão como na manobrabilidade. Os espelhos retrovisores foram considerados pequenos.
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– Espelhos retrovisores – Porta lateral deslizante – Comandos do rádio |
– Suspensões – Volumetria de carga e modularidade – Visibilidade |
Opel Combo Van 1.3 CDTI L2H1 – 186 pontos
O espaço de carga do Opel Combo é o mais espaçoso dentre os veículos testados, e o que registou os melhores valores de capacidade de carga. Os espelhos retrovisores – dignos de um veículo comercial – estão bem dimensionados e a composição dual, beneficia a visibilidade e ângulos, embora o pilar ‘A’ condiciona a visibilidade, em especail a lateral-esquerda. Com o motor mais ‘pequeno’ o comportamento dinâmico reflecte os menores valores de binário no circuito urbano, e potência na estrada. Todavia, os consumos de combustível também evidenciam o bom nível da economia. Ainda na circulação urbana, o escalonamento foi alvo de críticas, enquanto o sistema strat/stop recebeu elogios.
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– Escalonamento da transmissão em circuito urbano – Binário em circuito urbano – Visibilidade |
– Volumetria e capacidade de carga – Espelhos retrovisores – Portas e acessos |
Dacia Dokker Van 1.5 dCi 90 Ambiance – 183 pontos
O Dacia Dokker surpreendeu pela positiva. Ao facto de ser o mais barato e muito funcional, junta-se a característica de ser o mais eficiente em termos de consumos de combustível. O motor do Dokker recolheu elogios à elasticidade e valores de binário. O desenho da cabina/habitáculo e a simplicidade, mesmo para quem conduz o Dokker pela primeira vez, também grangearam agrado. No arranque a frio, o Dokker recolheu boas pontuações, embora não tenha sido possível testar a climatização, devido às baixas temperaturas. Outras críticas (desconforto) também visaram o banco de quem conduz, sendo estas extensivas ao ruído no habitáculo, espelhos retrovisores e funcionalidade dos limpa-vidros. No teste da manobrabilidade, o Dacia obteve a menor pontuação.
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– Bancos (conforto e apoio) – Manobrabilidade em maus pisos – Visibilidade |
– Eficiência e rentabilidade – Simplicidade do desenho – Motorização |
Fiat Doblo 1.6 Multijet II L1 – 183 pontos
No Arctic VanTest 2016, o motor do Fiat Doblo recolheu elogios na performance e conseguiu os melhores valores nas acelerações. As suspensões também agradaram, no único veículo com seis relações na transmissão. Os espelhos retrovisores de duas funções são os maiores entre os veículos testados, e a visibilidade lateral-esquerda é condicionada pelas dimensões do pilar ‘A’. A presença de um apoio de braço entre os bancos contribui para o conforto, em especial nas viagens mais longas. A motricidade e algumas características estão optimizadas, mas abaixo dos 50 km/h. No tocante à eficiência do motor, esta é satisfatória mas apesar disso, o Dobló registou os consumos mais elevados.
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– Visbilidade – Comandos da climatização – Economia de combustível |
– Aceleração – Espelhos retrovisores – Suspensões |
Citroen Berlingo Van 1.6 BlueHDi 100 L2 Pro – 178 pontos
O Citroen Berlingo também estava equipado com o motor Euro 6. O novo motor teve um bom desempenho em tráfego urbano, e recebeu elogios na agradabilidade de utilização/ruído de funcionamento. Em circulação citadina, o sistema start/stop obteve boa avaliação, bem como a eficiência das suspensões que contribiu para a eficiência na condução. A visibilidade é boa nos dois sentidos e tal como no Kangoo, o Berlingo disponibiliza três lugares. A possibilidade de obter um separador móvel aumenta a modularidade no compartimento de carga, cuja porta lateral de acesso é condicionada pela posição do separador habitáculo/espaço de carga. As críticas foram para o selector da transmissão e ergonomia do habitáculo, que condicionaram o resultado na condução, tanto em estrada como em termos de manobrabilidade.
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– Manuseamento do selector da transmissão – Ergonomia – Volume de carga |
– Visibilidade – Motorização – Suspensões |
PONTOS |
Max. |
CITROËN |
DACIA |
FIAT |
OPEL |
RENAULT |
VW |
Pontos condução |
|||||||
Teste urbano |
40 |
27,2 |
26,4 |
27,6 |
27,2 |
27,6 |
28,4 |
Teste estrada |
40 |
26,4 |
24,4 |
28,4 |
26,4 |
27,2 |
30,4 |
Condução sem carga |
10 |
5,5 |
6,3 |
7,3 |
6,8 |
7,7 |
7,3 |
Teste manobrabilidade |
10 |
5,5 |
4,0 |
7,5 |
7,0 |
6,5 |
7,5 |
Medições |
|||||||
Volume de carga |
10 |
6,2 |
7,6 |
6,2 |
7,4 |
7,9 |
6,9 |
Aceleração |
10 |
8,0 |
8,0 |
9,0 |
8,0 |
8,5 |
8,0 |
Climatização |
40 |
32,0 |
36,0 |
32,0 |
34,0 |
32,0 |
34,0 |
Visibilidade e teste travagem |
10 |
7,0 |
5,8 |
6,5 |
6,3 |
7,0 |
6,5 |
Ruído na cabina |
10 |
8,5 |
9,0 |
9,0 |
9,0 |
8,5 |
9,0 |
Utilização e manutenção |
|||||||
Economia combustível |
40 |
36,0 |
40,0 |
32,0 |
36,0 |
36,0 |
34,0 |
Manutenção |
10 |
6,5 |
6,5 |
8,5 |
8,5 |
9,0 |
8,0 |
Garantia |
10 |
9,0 |
9,0 |
8,5 |
9,0 |
9,0 |
8,0 |
TOTAL DE PONTOS |
240 |
178 |
183 |
183 |
186 |
187 |
188 |